Aprendi com Jesus e os santos sábios da igreja que a modéstia é extremamente importante para que não nos desviemos dos objetivos traçados, não nos deixando se perder pela vaidade, nem sermos envolvidos pelos falsos elogios. Mas aprendi também que quando a modéstia é excessiva é como o vento que apaga o archote cegando o viandante nas trevas de uma noite interminável. Para que possa o homem vencer os múltiplos obstáculos com que se depara na vida, precisa ter o espírito preso às raízes de uma ambição que o impulsione a um determinado ideal, sem perder a humildade que o leve a pesar suas limitações.
Portanto a sabedoria está em poder dosar a modéstia e a ambição sem se perder nos juízos falsos das interpretações distorcidas. Ensina-nos também Jesus que precisamos nos acautelar contra os juízos arrebatados pela paixão, porque esta desfigura muitas vezes a verdade.
Aquele que olha as paisagens através de um vidro de cor é capaz de jurar que os objetos examinados têm a cor do vidro de suas lentes. Assim, se o vidro for vermelho, tudo lhe parecerá rubro, e se for amarelo tudo se lhe apresentará amarelado. A paixão está para nós como a cor do vidro para os olhos. Se alguém nos agrada, tudo lhes louvamos e desculpamos, mas se ao contrário, nos aborrece, tudo lhes condenamos, ou interpretamos de modo desfavorável.
Em nossa querida vida vivida esses juízos arrebatados pela paixão, toma um colorido extremamente forte, levando a uma distorção que se aproxima muito da esquizofrenia. Ou as pessoas dizem amém àqueles que se julgam donos da verdade ou são bombardeadas diuturnamente num processo que busca levar a opinião pública a enxergar tais desafetos, como inimigos do bem estar geral da comunidade.
Nesse momento não sobra alternativa, a não ser se despir da modéstia exagerada para buscar fazer o sol da verdade voltar a brilhar sem os anteparos das lentes distorcidas criadas por tais espíritos maquiavélicos.
A linha entre o real e o psicótico é muito tênue, e as pessoas desavisadas e de boa fé compram como verdadeiras tais informações fantasiosas fabricadas com segundas intenções. Por isso meus irmãos, me permitem conclamar a todos, para que continuemos praticando a modéstia, sem, entretanto permitir que por não alardearmos nossos feitos, tais aproveitadores usem as lentes distorcidas de suas mentes para manipular a opinião do outro.
Fuja do Óbvio!
No louvor de Deus, Clauner.
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